14 de setembro de 2010

Sobre a afinidade

A afinidade não é o mais brilhante, mas o
mais sutil,
delicado e penetrante dos sentimentos.
O mais independente.


Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,
as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro
retoma a relação,
o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto
em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.
É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo sobre o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.


Ter afinidade é muito raro.
Mas quando existe não precisa de códigos
verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia
durante e permanece depois
que as pessoas deixaram de estar juntas.
O que você tem dificuldadede expressar
a um não afim, sai simples
e claro diante de alguém com quem
você tem afinidade.


Afinidade é ficar longe pensando parecido a
respeito dos mesmos
fatos queimpressionam. comovem
ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavras.
É receber o que vem do outro com
aceitação anterior ao entendimento.



Afinidade é sentir com.
Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por,
nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser
amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado, não para
eles próprios.
Sentir com é não ter necessidades de explicar o que está
sentindo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar.
Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar.



Afinidade é jamais sentir por.
Quem sente por, confunde afinidade com
masoquismo.
Mas quem sente com, avalia sem se
contaminar.
Compreendesem ocupar olugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por
não aceitar.


 ´Só entra em relação rica e saudável com o
outro

outro,
quem aceita para poder questionar.












































Este é um dos testos mais
lindos que eu já li...




" Animais são anjos disfarçados, mandados à
terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade."
aproveitando as imagens lindas, lembrei dessa
frase sábia, também de Artur da Távola !!









Só entra em relação rica e saudável com o
Do básico sobre o superficial.

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