24 de abril de 2011

Você não sabe mais _quase, nada sobre mim.
Não sabe que o aperto no meu peito diminuiu, que meu cabelo cresceu, que os meus olhos estão menos melancólicos, mas que tenho estado quieta, calada, concentrada numa vida prática, e sem aquela necessidade toda de ser amada.
Você não sabe quantos livros puder ler em algumas semanas. Não sabe quais são meus novos assuntos nem os filmes favoritos.
Você não sabe, mas conservo alguma curiosidade em saber se o seu coração está mais tranquilo, se seu cabelo mudou, se o seu olhar continua inquieto; nem imagina quanta coisa pude planejar durante esses dias e como me isolei pra tentar organizar todos os meus projetos. Que tenho sentido mais sono e ainda assim, dormido pouco. Que tenho escrito mais no meu caderno de sonhos. Que aqui faz tanto frio, você não sabe por mim.
Você não sabe que aprendi a não sobrecarregar meu coração. Hoje foi um dia em que percebi quanta coisa em mim mudou e você não sabe sobre nada disso.
Você não sabe que tenho estado tão só sem a devastadora sensação de me sentir sozinha, que tive que me tornar minha melhor companhia: você nem imagina que foi você quem me ensinou esta alegria.

Um comentário:

Silmara Trindade disse...

Oi ... Que lindo esse poema... Vc conseguiu expressar sentimentos únicos nossos, que as dores da vida nos ensinam a nos amar mais e a podermos ser nossa melhor companhia ...Adorei !! Lindo.
Bjinhos em seu coração,
**Sil**