29 de dezembro de 2011

Talvez porque teus olhos são profundos e dá vontade de mergulhar. E eu não gosto de me sentir fraca. E porque quanto mais friamente eu agia, mais doce você era e isso me quebra, me derrete toda, não posso aceitar. E porque seria muito interessante saber o que é uma relação de verdade num momento como esse. Eu consegui imaginar tua família me conhecendo, isso pode ser um sinal. De fraqueza ou de destino, eu não sei. Existe mesmo essa coisa de destino? Porque os nossos se cruzaram e talvez isso tenha algum significado. Você quis ver através de mim e eu não deixei. Pedi pra parar, como sempre faço, e você se esforçou muito pra compreender e pra estar comigo desse jeito, de qualquer jeito, mesmo assim, apesar de. Não tente entender. Tem a ver com teus olhos, com teu sorriso perfeito, com os pelos do teu rosto. Uma parte é medo de não saber, mas tem também uma lembrança do dia em que eu te conheci, bem antes de você me conhecer. Talvez seja a dúvida entre manter a solidão ou arriscar a vida de outra maneira. Pode ser. E pode ser que toda essa história tenha se desenvolvido nos dois segundos em que eu fechei os olhos e não precisei abrir pra saber que você estava lá.

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