15 de maio de 2011

Em nome da primeira vez que amei,

tracei na pele um movimento eterno de combustão e dor,
peças sensíveis da engrenagem
montada no fundo dos meus olhos
como um ciclo solar.
Hoje conheço os contornos de um lugar
pela quietude das ondas na maré vazia,
ou pela brisa espontânea do poente
e sei que o amor,
onde nenhuma contradição é necessária
é tudo quanto sobra no espaço vazio
entre o que somos e o que não somos.
_________Graça Pires

Nenhum comentário: